sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ISRAEL – Será o Princípio do Fim?


O País dos Faraós
Os acontecimentos recentes no Egipto são “A notícia” do dia. A revolta transformou-se, tudo leva a crer, numa revolução. Revolução que avança muito lentamente, mas mesmo assim, uma revolução. Neste país de oitenta milhões de habitantes, com uma História riquíssima, uma das nações mais antigas do mundo, tudo concorre para que, mais uma vez, haja uma mudança de regime, e se venham a produzir alterações profundas na governação. A mudança já é um dado adquirido. Persiste, no entanto, a incógnita de como ela se fará. E, se é correcto assumir que em qualquer lugar do mundo as alterações ao tipo de governação são importantes, nesta parte do mundo elas são ainda mais importantes.
A expectativa acerca das consequências que estes acontecimentos trarão ao Egipto e à região é muita. O Médio Oriente é um barril de pólvora, um vulcão sempre pronto a entrar em erupção. Por isso, neste caso específico, teme-se que a lava desse vulcão de revolta venha cair sobre o vizinho território de Israel em forma de chuvas de violência. Se isso acontecer, como entender o equilíbrio de forças na região?
Teme-se que o Egipto possa alinhar-se pelo radicalismo islâmico. A dita “indispensável” “Irmandade Muçulmana”, uma organização quase centenária, está de olho no poder, ela que já produziu tanto líderes tolerantes como terroristas, deixando em aberto aquilo que poderá acontecer aqui. No entanto, já não é bom sinal quando alguns dos seus quadros vieram a terreiro para reiterar oposição a Israel e aos judeus, desviando a atenção do verdadeiro problema.

Aproveitando a deixa, o Irão vai pondo achas na fogueira, e Ali Khamenei (o líder espiritual) tenta manipular as massas quando, num discurso para dentro e para fora, anima todos os que procuram um pretexto para a guerra com Israel: “O povo egípcio sente-se humilhado, pois o actual sistema político do Egipto apoia Israel. Sentem-se ultrajados. É essa a força motriz da sua revolta.” Afinal, estávamos todos enganados. A revolta não é por causa daquilo que se pensava ser: contra a corrupção, o clientelismo, a pobreza, a autocracia, ou a eternização no poder dos “Mubarak”. Não – diz ele – a revolta é por causa do tratado de paz que o Egipto tem com Israel.
Teme-se que a Jordânia seja mais uma nação a ser queimada pelo fogo da revolta popular, da mesma forma que a Tunísia, Argélia, Líbia, Iémen, Sudão, Marrocos e a Síria. Em jogada de antecipação, o rei Abdullah II nomeou um novo primeiro-ministro, que escolheu de imediato um governo novo. Todas estas acções são uma prova de que o fogo que lavra no país do Nilo é levado muito a sério por povos que padecem de males semelhantes, mas que estavam entretidos pelos seus líderes em manobras de diversão.
Teme-se que o Hezbollah, no Líbano… Teme-se que na Síria…, teme-se que o Irão…, teme-se… teme-se… teme-se…

ISRAEL – Será o Princípio do Fim?
Quem está em Israel, e olha para este cenário, em que as ameaças parecem vir de toda a parte, faz a pergunta inevitável – porque o aperto é grande, – e depois dá a resposta inevitável, – porque não existe outra:
Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra. (Salmos 121:1-2).
Um diálogo de poucas palavras expressa, numa história igualmente muito antiga, a mesma conclusão:
Frederico, o Grande: – Pode citar-me uma só prova da existência de Deus que não tenha sido desmentida?
Jean Baptiste du Boyer, Marquês de Argens: – Sim, Majestade: os Judeus!
Israel tem o direito de se defender. Para isso usa todos os meios ao seu alcance. Mas esse acto de defesa – visível e natural – está dependente nos seus efeitos de um outro – invisível e sobrenatural – que vem de Deus. Os judeus sabem que devem única e exclusivamente a sua sobrevivência a ELE, sentimento subjectivo que pode ser confirmado objectivamente à luz da História Universal, ou seja, à luz de factos históricos. Israel detém o maior e melhor curriculum vitae mundial de um povo que tem sobrevivido à violência continuada sobre si mesmo. Na verdade, do alto dos seus quatro mil anos de vida, o judeu aprendeu a viver na fronteira que paira entre a vida e a morte. Tem uma experiência enorme de relações humanas, que se traduz em ser odiado, indesejado, invejado, maltratado, acusado, ridicularizado e humilhado, e às vezes… morto. Como povo, porém, não cede. Ou ele, ou Alguém por ele.
Tão distante como há cerca de três mil anos atrás, Asafe, um compositor contemporâneo do rei David, referindo-se às (mesmas) intenções dos inimigos de Israel, apelou para o favor de Deus. E a certa altura, escreveu algo que soava assim:
Ó Deus, não te cales; não te emudeças, nem fiques inactivo, ó Deus! Os teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça. Tramam astutamente contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel. (Salmos 83:1-4).

Se atendermos à antiguidade do texto, percebe-se, então, que viver na contingência de ser riscado do mapa é um déjà vu para o judeu. Afinal de contas, o grito de ódio “vamos varrer os judeus para o mar”, não é uma invenção do senhor Mahmoud Ahmadinejad. Tem milhares de anos!!! E, para o judeu, esse déjà vu não será apenas na intenção (que é antiquíssima), mas também no desfecho. E o desfecho, como povo, tem-lhe sido sempre favorável, mesmo quando levado a situações extremas. A ele, ou a Alguém por ele.

Por amor a Israel
Mas se Jean Baptiste du Boyer, o Marquês de Argens estava certo, então Deus é muito capaz de estar por detrás deste “sucesso”. Sendo assim, é natural querermos saber o que tem a dizer a Bíblia acerca da posição de Deus sobre a segurança deste povo, e desta nação, hoje e no futuro, uma vez que o passado está vencido. Vejamos apenas duas de muitas passagens sobre o assunto:
Porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, de todo, não te terei por inocente. (Jeremias 30:11).
Deus promete um fim irremediável às nações que oprimiram Israel. Mas mais do que isso, afirma que a nação de Israel nunca terá fim. Ou seja, atribui a Israel uma estimativa de longevidade maior que às outras nações.
Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que fende o mar e faz bramir as suas ondas; SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se se desviarem estas ordenanças de diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a semente de Israel de ser uma nação diante de mim, para sempre. Assim disse o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus para cima, e sondados os fundamentos da terra para baixo, também eu rejeitarei toda a semente de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR. (Jeremias 31:35-37).
Nesta passagem, Deus afirma categoricamente que “enquanto durarem as leis da natureza, Israel será sempre uma nação.” (NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Ou seja, Israel só deixaria de ser nação, se Deus deixasse de controlar o Sol, a Lua, as estrelas, o mar, etc. Ou seja, nunca! Enquanto o planeta Terra existir, Deus terá controlo sobre os elementos, e Israel nunca irá ser varrido para o mar. Ponto assente!
Na Bíblia, porém, Deus não Se refere somente às tentativas de aniquilação de Israel. Elas são somente o machado que corta. Deus fala também para os mandantes, os executantes, e para os cúmplices silenciosos que desejam ver os judeus erradicados da face da terra:
Porquanto eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a minha terra. (Joel 3:1-2).
O mundo terá de dar respostas acerca do seu envolvimento na violência contra Israel. E que mundo é esse de que estamos a falar? O mundo, > os povos > as nações, > as famílias, > cada indivíduo !!! Deus ocupará a sua posição em defesa de Israel.

A menina do Seu olho
Correndo conscientemente o risco (é uma certeza!) de ser considerado “impopular”, “profeta da desgraça”, “apocalíptico”, “politicamente incorrecto” e “intolerante”, mesmo assim, oferece-me dizer o seguinte, acerca do que se tem vindo a explanar:
Nos tempos finais – tempos que eu acredito que já estamos a viver – virá um dia em que Deus vai requerer de cada um daqueles que protagonizou qualquer tipo de injustiça para com os judeus e para com Israel, as razões da sua prática. A Bíblia diz que Deus entrará em juízo com eles (palavras Suas), sejam quem for, assim como com os seus representantes e simpatizantes, e com todos aqueles que tiveram por missão “aniquilar” ou a tentativa de aniquilar o povo de Israel – de qualquer forma – física, moral ou espiritual. Tenha sido essa “aniquilação” ou a sua tentativa – por palavras ou por actos – sido produzida do púlpito da igreja evangélica ou no bunker de uma célula terrorista, num grupo bíblico familiar ou num congresso internacional, numa pequena comunidade serrana ou no Vaticano, vinda da boca ou da pena de um evangélico ou da de um católico, cristão ou muçulmano, operada por um governo ou por um partido político, de um governante ou de um governado…, todo – TODO – o que tiver maltratado o judeu e Israel, terá da parte de Deus (A Bíblia afirma-o!) uma reacção justa pelos seus actos.
E nessa altura, ninguém se poderá colocar hipócrita e cobardemente à sombra de programas políticos, nem de “Teologias da Substituição”, nem do entendimento oficial da denominação, nem das orientações do pastor, nem do bispo, nem do apóstolo, nem do Papa, nem de qualquer tipo de sabedoria, seja ela de quem for ou de que tipo for. Será então a hora para os “mestres iluminados”, que arrastam multidões, suportados virtualmente pela força ilusória de amplas audiências, serem confrontados com os ensinos anti-semitas que produziram, e com que envenenaram congregações crédulas, ingénuas e com falta de preparação, que foram, afinal, o seu terreno fértil. Todo o tipo de ensino que durante séculos a fio atribuiu a Deus (de forma indevida) o abandono total de Israel, será então questionado por Ele, da mesma forma que serão questionadas as razões para ter sido ministrado em Seu Nome. Todo o ensino que tentou provar a inutilidade em o judeu buscar a vida eterna, hipoteticamente impossibilitada por causa de um “deicídio” inventado e contra as Escrituras, será finalmente destruído e colocado onde pertence – ao nível de ideia absurda e demoníaca, própria da idade das trevas.
Acredito que esse dia virá! Desengane-se, porém, quem pensar que será um dia de vitória. Não será um dia de vitória para ninguém. Nem para os que estiveram com Israel, nem para os que, em nome de Deus tentaram declarar o seu extermínio. Será um dia em que a verdade vai doer. É importante, pois, que nos certifiquemos – HOJE – de que lado da barricada é que nós estamos. No que toca a Israel, os caminhos em que Deus Se move e os princípios por que Ele se rege, são muito claros. Senão, o que é que é confuso ou incompreensível nesta declaração divina?:
Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Depois da glória, ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós (em Israel) toca na menina do seu olho. (Zacarias 2:8).

Eduardo Fidalgo     

2 comentários:

Samuel Esteves disse...

O Senhor Deus disse a Abraão que aqueles que te abençoarem serão abençoados e os que te amaldiçoarem serão amaldiçoados.

Devemos pois abençoar este povo, pelo qual temos conhecido o Deus vivo, único e verdadeiro.

Anónimo disse...

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