segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Cônsul Ousado

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Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul Ousado

"A única coisa necessária para que o mal triunfe, é que os homens não façam nada." – Edmund Burke (1729 - 1797)

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Era chegada a altura de Aristides de Sousa Mendes tentar o impossível.
Recordou-se que, quando regressava a Portugal de carro, para evitar os engarrafamentos na ponte entre Hendaia e Irun, costumava passar a fronteira franco-espanhola num outro sítio.
Por que não havia de tentar novamente?
Mandou os refugiados que o rodeavam seguirem-no. Conduzia o carro devagar. O estranho cortejo chegou a um posto fronteiriço, cujos soldados ficaram a olhar para eles, embasbacados. Felizmente não dispunham de telefone, nem tinham ainda recebido as novas instruções de Madrid acerca do encerramento das fronteiras.
Sousa Mendes, do alto sua sua imponência – e continuava a tê-la, apesar das roupas amarfanhadas, dos sapatos cheios de pó, do rosto cansado, dos cabelos despenteados – disse aos espanhóis: "Sou o cônsul de Portugal, estas pessoas viajam comigo, todos têm passaportes em boa e devida forma, como podem verificar; sejam então simpáticos e deixem-nos passar".
O incrível aconteceu: Passaram.
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in "Aristides de Sousa Mendes – Um Herói Português", José Alain Fralon, pp. 73-74, Editorial Presença
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Veja este pequeno filme
É a reconstituição deste episódio verdadeiro!!!

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