A prova que trouxeram do inferno lê-se em braços marcados com números. A simples menção do Holocausto ainda dói, quanto mais falar sobre ele. Dói ainda mais, porém, quando alguns dentro da própria sociedade dizem duvidar que ele alguma vez tivesse acontecido.
Um dia, todos terão partido. Ficará a sua doce memória e o testemunho possível. Mas ficarão outros homens. Uns, capazes de cometer as mesmas atrocidades. Outros capazes de lhes sobreviver. Para que isso não aconteça, como homens, associêmo-nos e digamos também: Holocausto, NUNCA MAIS!!!
– Número estimado de mortos: 50 milhões
– Vítimas Militares: 20 milhões
– Vítimas Civis: 23 milhões
– Judeus mortos: 6 milhões
– Mortos entre a comunidade de ciganos, Testemunhas de Jeová,
homossexuais, dissidentes políticos, deficientes: 1 milhão
– Crianças judias mortas: 1,5 milhões
Tribunal de Nuremberg
Declarações de Rudolf Franz Ferdinand Hoss
Comandei em Auschwitz desde 1 de Dezembro de 1943 e calculo que, pelo menos, dois milhões e meio de pessoas foram mortas nas câmaras de gás, outro meio milhão morreu de fome e doenças. o que faz um total de três milhões de mortos. Este número representa setenta a oitenta por cento de todos aqueles que eram destinados a Auschwitz, pois o resto foi destinado a trabalhar na indústria de armamento ou nas indústrias situadas em outros campos de concentração. Nós matámos, no Verão de 1944, uns 400.000 judeus húngaros em Auschwitz.
O comandante do campo de Treblinka disse-me que tinha morto 80.000 no decorrer de meio ano. A sua missão principal consistia em exterminar todos os judeus procedentes do ghetto de Varsóvia. Usava gás de monóxido, mas não estava muito satisfeito com o resultado do mesmo. Por este motivo, quando construí o campo em Auschwitz decidi-me pelo Zyklon B que introduzíamos nas câmaras por uma pequena abertura nas mesmas. Segundo a temperatura que fizesse, as vítimas demoravam de cinco e quinze minutos a morrer. Sabíamos que haviam morrido quando deixavam de gritar. Esperávamos aproximadamente meia hora antes de abrir a porta e retirar os cadáveres. Os nossos soldados tiravam os anéis e os dentes de ouro às vítimas.
Outra melhoria com respeito a Treblinka foi a de construirmos câmaras de gás nas quais podíamos introduzir 2.000 pessoas ao mesmo tempo, enquanto que as dez câmaras de gás de Treblinka admitiam só duzentas pessoas de cada vez. O modo como seleccionávamos as nossas vítimas era o seguinte: Em Auschwitz trabalhavam dois médicos das SS que examinavam todos os que chegavam ao campo. Os prisioneiros deviam desfilar perante um dos médicos que, imediatamente, adoptava uma decisão. Os aptos para o trabalho eram destinados outra vez ao campo, os outros directamente às câmaras. As crianças de curta idade eram sempre destinadas à morte, visto que devido à curta idade não podiam trabalhar. Com frequência, as mulheres queriam ocultar os seus filhos sob as suas roupas, mas quando o descobríamos mandávamos imediatamente as crianças para as câmaras. Queríamos que toda a acção fosse mantida em segredo, mas o cheiro originado pela incineração dos cadáveres inundava toda a região...»
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