terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto








Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

"Um povo que esquece a sua historia está condenado a repeti-la."
Por isso, comemora-se hoje, 27 de Janeiro de 2009, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Esta data com História foi escolhida pelas Nações Unidas para recordar todos aqueles que foram vítimas do maior massacre dos tempos modernos, destinado a erradicar todos aqueles que eram considerados indesejáveis e prejudiciais na sociedade que o regime nazi se propunha construir.
As vítimas não foram somente judeus, embora estes tenham constituído a sua esmagadora maioria. Foram também ciganos, Testemunhas de Jeová, portadores de deficiência física, comunistas, sindicalistas, etc. Todos os que fugiam ao conceito de "normalização" do regime, eram pura e simplesmente eliminados.
Dos judeus, seis milhões. Desses, um milhão e meio eram crianças. Estou certo que este último número só adquire a sua real dimensão quando visitamos o monumento que lhes foi dedicado, no Museu Yad Vashem, em Jerusalém.
Ali, ainda hoje somos quebrados, esmagados pela animalidade cometida há mais de 60 anos. Ali, as vítimas deixam de ser estatística, para passarem a ser meninos ou meninas, com nomes exactamente iguais aos dos nossos filhos, e em idade imprópria para morrer. E ao sairmos daquele espaço, perguntamo-nos: "Como foi possível?"
A violência carrega sempre atrás de si actos de injustiça e imoralidade social. As guerras de grande dimensão, potenciam-nos. E os nazis, os algozes da Solução Final – o Holocausto – idealizaram-no com inteligência, sistematizaram-no com zelo, e saborearam-lhe os resultados.


"Um povo que esquece a sua historia está condenado a repeti-la."
Cabe-nos então, ensinar os mais novos, de modo a que também eles venham a dizer: "Nunca mais!" Há que ensinar o Holocausto, e ensinar a propósito do holocausto. Porque os povos todos os dias criam novos conflitos, torna-se uma tarefa de todos os dias. Porque são os homens que fazem as guerras, e os homens somos nós.


Eduardo Fidalgo



Livro Recomendado:
ensinar o HOLOCAUSTO no século XXI
Autor: Jean-Michel Lecomte
Prefácio: Esther Mucznic

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