O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol - Livro de Eclesiastes 1:9
Édito de Extermínio dos Judeus (I) - Egipto
Quando Israel sofreu no Egipto, Abraão era já uma personagem de memória respeitável. Foi com ele que Deus deu início ao sonho de um povo novo, um povo criado sobre o desconforto e coragem das mudanças na vida do patriarca. Foi a Abraão que Deus deu promessas que lhe sugeriam que esse povo seria um dos pratos da balança que havia de equilibrar ou desequilibrar não só aquele território do Crescente Fértil, mas o próprio mundo (Génesis 12:1-3). Foi a Abraão que Deus desvendou um tempo de aflição de cerca de quatrocentos anos (Génesis 15:13-14), prova muito dura para um povo-bebé, com apenas uma mão-cheia de gerações.
A estada no Egipto revela-nos a primeira das acções de extermínio (ou tentativa de extermínio) em que o povo judeu se viu envolvido. Bastantes anos mais tarde, a rainha Ester e seu tio Mordechai estariam no palco de mais uma outra acção desse tipo. "De modo que nada há novo debaixo do sol." Por isso, nos dias de hoje, os "Adolph Hitler" ou os "Mahmoud Ahmadinejad" são apenas ditadores que nasceram com experiência.
Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egipto com Jacó; cada um entrou com sua casa: Rúben, Simeão, Levi e Judá; Issacar, Zebulom e Benjamim; Dã, Naftali, Gade e Aser. Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egipto. Sendo, pois, José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração, os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egipto, que não conhecera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós. Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra. E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, {ou tarefas} para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés. Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza.
E o rei do Egipto falou às parteiras das hebréias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra, Puá) e disse: Quando ajudardes no parto as hebréias e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas, se for filha, então, viva. As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egipto lhes dissera; antes, conservavam os meninos com vida. Então, o rei do Egipto chamou as parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, que guardastes os meninos com vida? E as parteiras disseram a Faraó: É que as mulheres hebréias não são como as egípcias; porque são vivas {ou espertas} e já têm dado à luz os filhos antes que a parteira venha a elas. Portanto, Deus fez bem às parteiras. E o povo se aumentou e se fortaleceu muito. E aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, estabeleceu-lhes casas. Então, ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.
Coordenação de Eduardo Fidalgo # da Bíblia, versão Almeida Corrigida, in Êxodo – capítulo 1
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